sábado, 23 de julho de 2011

Signos do saber social e construção da memória


Desde os primórdios humanos, o homem estabeleceu regras, métodos e conceitos.
Um desses aspectos que tange essas três regras primordiais é a memória coletiva, ou, a chamada “memória social” (que abraça também o “saber fazer”). A memória social define que, tudo aquilo (ou este) que sensibilize, e ao mesmo tempo identifique um determinado grupo social, será tratado como elemento de “memória social”, ou comumente chamado de “signo”.
Popularmente, a palavra signo nos remete as doze casas zodiacais. Mas para os estudiosos do patrimônio imaterial, a palavra em questão, remete a um símbolo, uma marca. Nesse caso, a marca em questão, é algo que remete a “identidade comum” de um determinado estrato social.
Tomemos como exemplo, as rendeiras de Divina Pastora, cidade do interior de Sergipe, que têm por estandarte, a renda irlandesa. Para essas artesãs, a renda e a técnica que compreende o fazer da renda, não são apenas vistos com a intenção do lucro. Mas também, é vista como uma forma de preservar a memória de suas mães, avós e outras mulheres da família, ou mesmo da comunidade. Temos por outro exemplo, as festividades juninas, que visualizamos numa ótica ordinária, e mal percebemos o seu papel de signo social, o tão quão de significados e identidade que ela carrega.
Reitero o conceito de signos sociais, afirmando sua importância na construção da memória de determinado grupo, ou de uma sociedade por inteiro. Sensibilizando-os, e acima de tudo, identificando-os.

Rafael Bedenik Barbero
Aluno do Curso de Licenciatura em História da UFS (Patrimônio Cultural – 2011.1)

Nenhum comentário:

Postar um comentário