sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Novo e o Antigo: Preservando o Patrimônio

Ao andarmos por nossa cidade nos dias atuais, percebemos que o novo se mistura ao antigo. Ou, acaba sobrepondo-se a ele. Sobrepondo-se de que maneira?

Notamos que ocorre em muitas, o descaso pelas antigas construções, nesse caso, prédios de valor histórico, como os da antiga alfândega, em Aracaju. Ou mesmo, os casarões do pelourinho, em Salvador.

Nota-se que, o descaso da população, que não é conscientizada acerca do valor histórico, ou mesmo do fator de identificação, que aquela construção remete a população. Aproveitando-se desse descaso inconsciente, corretores imobiliários e grandes construtoras, pressionam os administradores municipais e estaduais, para demolir esses prédios, e erguer novas construções. Sem muito se importar com a perda da historicidade, ou mesmo, acabar com algo marcante dessa produção cultural, que se evoca pela materialização, a partir da cal e da pedra.

Felizmente surgem boas iniciativas de governos e empresas privadas, para a preservação desses patrimônios. Na capital mineira, o prefeito Márcio Lacerda lançou um programa chamado “adote um bem cultural”, uma iniciativa visando uma maior preservação desses bens, junto aos empresários. O maior cuidado com o patrimônio no Brasil se dá por meio de parcerias entre o governo e empresas privadas. Pois a legislação vigente, não é totalmente eficaz.


Artigo produzido por Rafael Bedenik Barbero, aluno do Departamento de História (primeiro período - Patrimônio Cultural - 2011.1).

Um comentário:

  1. Você falou muito bem em relação ao descaso no nosso cotidiano. Construções, partes de "nós", serem destruídos em prol da evolução. Infelizmente têm-se o progresso como algo que se deve ter, mesmo que se sacrifique algo para tal (o filme "" provê enorme compreensão sobre isso). Contudo, não posso concordar com o que menciona acerca do setor privado tomar conta do patrimônio cultural porque o patrimônio pertence ao povo. Para o governo, é muito fácil deixar de investir (economizar R$) deixando esse encargo para o setor privado. É apenas mais uma demonstração do quanto o governo faz descaso com o patrimônio. Creio imensamente que a bandeira da população é que devia ser hasteada, reivindicando isso do governo (mas este último foi bem sucedido ao não deixar a população ciente deste poder). Apesar de parecer ser uma boa alternativa essa questão o poder privado, não se pode perder o foco de a quem realmente pertence a responsabilidade do patrimônio cultural.

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