sexta-feira, 6 de maio de 2011

A QUEM PERTENCE O PATRIMÔNIO CULTURAL?

Programas que têm como objetivos incentivar a restauração e conservação de acervos culturais com a ajuda de empresas privadas, sob minha ótica, retira a responsabilidade da população.

Quando se diz “adote um bem cultural” se dá a opção de adotá-lo ou não, de ter ou não ter a responsabilidade sobre ele. Não se adota algo que já faz parte de sua história, sua vida. Se a população tivesse pleno conhecimento do significado do que é um Patrimônio Cultural, ela o preservaria.

A conduta de descaso, por parte da população,provém da falta de conhecimento histórico. O que está enraizadona sociedade é que não se faz necessário ter o devido cuidado com algo qual não lhe pertence, da mesma forma como posso mim apropriar de algo do qual eu não faço parte.

O Patrimônio Cultural deve ser ensinado como uma Herança Material Cultural qual foi deixada para todos da população, ricos e pobres, para que todos se tornem herdeiros e, desta forma se apropriem da herança qual foi deixada.

Não se pode transformar o Patrimônio Cultural em algo que deve ser preservado por poucos, pois fatalmente se estaria criando pequenos proprietários de algo que pertence a todos, para que não haja uma sociedade sem patrimônio ou sem “herança material”.


Artigo produzido por Izabel Cristina Monteiro dos Santos Nascimento, aluna do Departamento de História (primeiro período - Patrimônio Cultural - 2011.1).

Um comentário:

  1. Parabéns pela postagem. Realmente, quem nunca preservou, ainda que inconscientemente? Creio que temos esta vontade de preservar o que nos pertence. As nossas gerações fizeram e fazem parte da gente. Pena que muitos patrimônios não possuem essa vontade de preservação do futuro. É como se nesse frenesi globalizado as pessoas estivessem olhando apenas para a frente, não importando o passado. Infelizmente, quanto mais se tem a ideia consumista na mente (mais do novo, mais do novo, mais do novo...) mais a ideia do passado vai ficando "no passado", quebrando o que teríamos de mais "nosso" no futuro.

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